Atletas
amadores mais uma vez deram o tom descontraído à São Silvestre
- 31/12/2017 12h41
- São Paulo
Ludmilla
Souza - Repórter da Agência Brasil
A região da Avenida Paulista foi
tomada na manhã de hoje (31) pelos milhares de atletas e amantes da corrida de
rua mais tradicional do país. Em sua 93ª edição, a Corrida Internacional de São
Silvestre reuniu mais de 30 mil corredores inscritos, segundo os organizadores.
Corredores
anônimos mais uma vez se destacam não pela performance esportiva, mas pela
determinação em completar a prova de 15 quilômetros e pela alegria e
descontração com que participaram da corrida, muitos fantasiadosRovena
Rosa/Agência Brasil
Além dos
atletas de elite, a competição atraiu, principalmente, corredores anônimos que
mais uma vez se destacam não pela performance esportiva, mas pela determinação
em completar a prova de 15 quilômetros e pela alegria e descontração com que
participaram da corrida, muitos fantasiados.
O
motorista aposentado Ubiratan José de Oliveira, de 61 anos. Ele corre na São
Silvestre há 23 anos e diz que sempre conseguiu completar a provaLudmilla
Yara/Agência Brasil
Um deles é o motorista aposentado
Ubiratan José de Oliveira, de 61 anos. Ele corre na São Silvestre há 23 anos e
diz que sempre conseguiu completar a prova. “Eu corro pela saúde, e a corrida é
um esporte muito bom para fazer, pratico pelo menos quatro vezes por semana”.
São Paulo
- 93ª Corrida Internacional de São Silvestre, na Avenida Paulista, região
centralRovena Rosa/Agência Brasil
A aposentada Eni Griss, de 66
anos, participa da corrida há quatro anos e esta é a sua terceira vez na São
Silvestre, mas compete em todas as corridas que pode. “Hoje eu venho
buscar a minha medalha número 177”. Ela disse que, com a aposentadoria, começou
a correr e não parou mais.
“Eu me aposentei, estava em casa,
os filhos casaram, comecei a correr e viciei”, Ela trouxe a amiga Carmelita
Piccoli, de 54 anos, para correr pela primeira vez. “Corro há oito anos, mas,
na São Silvestre, sou iniciante e minha expectativa é a melhor possível, vim
correr por ela [a amiga Eni], diz a cabeleireira. “Estou com um problema sério
de saúde e vim buscar minha cura aqui”, diz Eni.
A corrida também é famosa por
atrair corredores de todo o país. A aposentada Carmem Lúcia Severino Lopes, de
58 anos, veio de Feira Nova, Pernambuco, para participar da sua 12ª São
Silvestre. “A gente corre o ano inteiro e no final do ano temos que fechar com
chave de ouro, e a São Silvestre é isso, diversão, alegria.
A gente encontra pessoas de quase
todos os países, de todos os estados, é uma verdadeira festa”. Carmem estava
caracterizada de dançarina de frevo. A amiga, Maria Aparecida de Souza, correu
vestida como Maria Bonita, companheira de Lampião. Profissional de educação
física, Maria Aparecida participou pela primeira vez Da São Silvestre. “Como
trabalho em grupos de corrida me incentivaram, e vim para ter essa
experiência”.
As amigas
Carmem Lúcia Severino Lopes e Maria Aparecida de Souza Ludmilla Yara/Agência
Brasil
Trajeto
O percurso deste ano sofreu ajustes
para aumentar a área de dispersão. A primeira mudança foi na largada da prova,
que este ano foi próxima à Rua Frei Caneca, mais a frente do local do ano
passado. A outra foi no centro, na região do Largo o Arouche. Saíram do
percurso as ruas Sete de Abril e Dr. Bráulio Gomes. A dispersão foi a
partir da Rua Joaquim Eugênio de Lima até a Alameda Casa Branca. Todas as áreas
foram restritas a corredores oficialmente inscritos e usuários locais.
Edição: Aécio
Amado
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